terça-feira, 28 de abril de 2009

Contextualização

Felizmente Há Luar! tem como cenário o ambiente político dos inícios do século XIX: em 1817, uma conspiração, encabeçada por Gomes Freire de Andrade, que pretendia o regresso do Brasil do rei D. João VI e que se manifestava contrária à presença inglesa, foi descoberta e reprimida com muita severidade: os conspiradores, acusados de traição à pátria, foram queimados publicamente e Lisboa foi convidada a assistir. Sttau Monteiro marca uma posição, pelo conteúdo, fortemente ideológico, e denuncia a opressão vivida na época em que escreveu a obra (1961), sob a ditadura de Salazar. O recurso à distanciação histórica e à descrição das injustiças praticadas no início do século XIX em que decorre a acção permitiu-lhe, assim, colocar também em destaque as injustiças do seu tempo e a necessidade de lutar pela liberdade.


LINGUAGEM E ESTILO

Linguagem:
- natural, viva e maleável, utilizada como marca caracterizadora e individualizadora de algumas das personagens.
- uso de frases em latim com conotação irónica, por aparecerem no momento da condenação e da execução
- frases incompletas por hesitação ou interrupção
- marcas características do discurso oral
- recurso frequente à ironia e sarcasmo

Recursos estilísticos: enorme variedade (tomar especial atenção à ironia) .

Funções da linguagem:
apelativa (frase imperativa);
informativa (frase declarativa);
emotiva [frase exclamativa, reticências, anacoluto (frases interrompidas)];
metalinguística

Marcas da linguagem e estilo: provérbios, expressões populares, frases sentenciosas.


TEXTO PRINCIPAL: As falas das personagens.
TEXTO SECUNDÁRIO: as didascálias/indicações cénicas (têm um papel crucial na peça).



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