terça-feira, 28 de abril de 2009

Luís Sttau Monteiro: vida e obra


Luís Infante Lacerda de Sttau Monteiro nasceu em Lisboa, a 3 de Abril de 1926, menos de dois meses antes de um golpe de Estado ter posto fim à Primeira República e abrir caminho à ditadura no poder até 25 de Abril de 1974. Nascido numa rua com um nome estrangeiro (Rua Liverpool), o pequeno Luís parte para Inglaterra com dez anos de idade. Regressa em 1943, data em que o pai, embaixador Armindo Monteiro, é demitido do cargo por Salazar. Sttau volta a Lisboa com 17 anos, mas conserva sempre uma tal memória e um tal fascínio por Londres que a capital britânica será uma das duas cidades da sua vida( a outra Paris). Em Lisboa prossegue os estudos, primeiro no Colégio de Santo Tirso, donde foi expulso, e depois do Liceu Pedro Nunes. Mais tarde forma-se em Direito, tal como o pai. Parte para Londres, torna-se corredor da Fórmula 2, dedica-se à pesca; é gastrónomo reputado, casa com uma senhora inglesa, de quem se divorciará mais tarde, para voltar depois a casar com ela. Não perde o contacto com Portugal e mantém proximidade com os amigos. Um deles é José Cardoso Pires, que o incentiva a escrever aquele que é o seu primeiro livro: Um homem não chora, redigido em Milão e publicado pela Ática em 196º. No ano seguinte, publica o romance Angústia Para o Jantar, que atrairia alguma atenção do público. Em 1961, incentivado por Nikias Skapinikis, que vivia fugido à PIDE, numa casa sua, Sttau escreve a primeira peça, Felizmente Há Luar!. Esta obra teve tal êxito que já vendeu 160 mil exemplares até hoje. Este reconhecimento também foi demonstrado através da oferta Prémio da Crítica, o qual Sttau recebe na cadeia do Aljube, onde estava preso pala PIDE , por infundado envolvimento na Revolta de Beja. No mês que passou no Aljube, Sttau aproveitou para escrever a segunda peça, E Se For Rapariga Chama-se Custódia. Seguem-se todos os anos pela Primavera, 1964; O Barão, 1965, Auto do Motor Fora de Bordo, 1966, e Duas Peças em Um Acto, A Estátua e A Guerra Santa , todas de 1967, a última das quais o leva a ser preso pela PIDE, durante seis meses em Cascais. Novo aproveitamento literário feito por Sttau na prisão e eis As Mãos em Abraão Zacut, ,1968 (…) .Depois em 1971 , (…) adapta A Relíquia ,de Eça de Queirós , representada no Teatro Maria Matos ; e escreve Sua Excelência, 1971,última obra que publica antes do 25 de Abril. Por esta altura já Luís de Sttau Monteiro ingressa no Diário de Lisboa, onde se destacaria como autor das redacções da ‘Guidinha’ no suplemento “ A Mosca”, uma prosa que a censura retalhava e ele reescrevia em cima do fecho do jornal. Faria também publicidade para ganhar dinheiro e, já em 1977, publicaria Crónica Amorosa do Esperançoso Fagundes, representada pelo Grupo 4 com grande êxito. Êxito maior do que este, e mesmo do que lhe proporcionara a publicação Felizmente Há Luar!, só o teria Luís de Sttau Monteiro quando, membro do júri do programa televisivo “A Cornélia”, na segunda metade da década de 70, se tornaria uma figura familiar do país inteiro. Na televisão voltaria ainda a colaborar, já na década de 80, quer como argumentista da telenovela portuguesa Chuva na Areia, quer como autor do programa gastronómico Frei Papinhas. Passara, entretanto, a escrever quase só para a imprensa, com destaque para O Jornal, onde, sempre com o pseudónimo de Manuel Pedrosa, manteria, durante algum tempo, uma crónica gastronómica e publicaria novas redacções da ‘Guidinha’. Ultimamente, já sob o seu próprio nome, escrevia no Diário de Notícias sobre gastronomia entendida numa perspectiva histórica. No final, Sttau mostrou desejo de partir para Paris, mas acabou por falecer em Lisboa em 1993.

8 comentários:

  1. Regressa a Portugal e colabora em várias publicações, destacando-se a revista Almanaquee o suplemento "A Mosca" do Diário de Lisboa, e cria a secção Guidinha no mesmo jornal. Em 1961, publicou apeça de teatro Felizmente Há Luar, distinguida com o Grande Prémio de Teatro, tendo sido proibida pelacensura a sua representação. Só viria a ser representada em 1978 no Teatro Nacional. Foram vendidos 160 milexemplares da peça, resultando num êxito estrondoso.

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  2. kero la xaber desta merda! pensava k era putas

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  3. José Leonel Rabo de Peixe17 de outubro de 2016 às 11:05

    es grande paneleiro e feio mantorra

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  4. Na digax ixo do meu primo o palhaxo mato-te

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